A fisioterapia pode ser o caminho mais curto para se tornar um atleta paralímpico de alto rendimento. Seja por doença congênita ou adquirida, todos os pacientes precisam passar pela fisioterapia em algum momento da vida.
Para falar da importância da fisioterapia na recuperação e reabilitação de pacientes com alguma deficiência o Blog Esporte & Saúde conversou com o Dr. Marco Miéres, Fisioterapeuta da ANDEF (Associaçao Niteroiense de Deficientes Fisicos), considerada hoje uma das maiores entidades de pessoas com deficiência do Brasil e do Mundo, e sede de treinamento dos atletas Paralímpicos de destaque nacional e internacional.
Segundo Dr. Marco quando se trata de uma doença congênita, ou seja de nascença, na grande maioria dos casos a criança ou até mesmo o bebê chega à fisioterapia para se adequar às posturas ou movimentos, dentro de suas limitações. O esporte pode vir de uma maneira natural ou com o incentivo do fisioterapeuta, ou do técnico da modalidade.
Mas quando a fisioterapia se torna uma das ferramentas fundamentais na jornada, que é a reabilitação, a rotina pode ficar mais difícil. Neste momento é que entra o esporte.
“A prática esportiva vem num segundo passo da reabilitação, logo após o paciente ter condições de realizar suas AVD’s (Atividades da vida diária), o esporte é apresentado para somar na reabilitação do paciente, podendo ser de alta performance ou apenas como parte recreacional. O esporte se torna uma ferramenta fundamental, pois na maioria dos casos recebemos pessoas deprimidas, achando que o mundo acabou, mas aí quando apresentamos a elas o esporte, se abre um mundo novo de possibilidades. Passam a aceitar melhor a deficiência, a aprender a conviver com ela e não ver a lesão mais como limitação”. Conta Dr. Marco Miéres.
Assim como no esporte Olímpico, no paralímpico muitos já nascem com o dom para uma determinada modalidade. As vezes é preciso passar por vários esportes até se identificar e escolher. E independentemente da idade, porque no esporte paralímpico muitos atletas surgem com a idade mais avançada, o importante são os resultados na vida e nas competições.
Dr. Marco Miéres explica que a ANDEF trabalha hoje com cinco modalidades esportivas de performance, são elas: Atletismo, Halterofilismo, Bocha, Natação e Futebol de Sete, além do esporte recreação para a comunidade. No trabalho de reabilitação atendem os mais diversos casos de lesões músculo esqueléticas, e deficiências neurológicas. Todos passam pela reabilitação, atingem a independência e aí são encaminhados ao esporte ou ao mercado de trabalho. A vida continua!
A fisioterapia é um meio de independência para quem tem alguma deficiência e pode ser feita de maneira conjunta com o esporte. Proporciona qualidade de vida e socialização, a felicidade é consequência, só depende do paciente querer e acreditar. Afinal todos nós temos limitações e podemos superá-las! E se for com o esporte, ganhando medalhas, orgulhando o país, melhor ainda!
Conheça a ANDEF http://www.andef.org.br
Veja o vídeo que Nadador André Brasil fez para o Blog Esporte & Saúde. Um dos maiores atletas paralímpicos do Brasil com 31 medalhas de ouro, 9 de prata e 3 de bronze, além de seis recordes mundiais. Valeu André! Estamos na torcida por você!!