Carne processada dá câncer?
Recentemente a Organização Mundial da saúde lançou um relatório relacionando o consumo de carne processada ao risco de câncer. A divulgação na mídia deixou muita gente preocupada e com dúvidas, do que devemos ou não comer.
Primeiro precisamos saber o que é que estamos ingerindo realmente. A tão falada carne processada, o que é?
O Blog Esporte & Saúde conversou com o Veterinário Flávio Viegas, que trabalha na área de alimentos a mais de doze anos.
Carne processada é a transformação e mistura de um ou mais tipos de carne com adição de sal, aditivos ou conservantes. São processos de cura, fermentação ou defumação, com intuito de modificar o sabor, dando uma característica específica e uma maior vida de prateleira ao alimento. Exemplos: bacon, presunto, linguiça, salsicha.
Os embutidos de carne recebem este nome pelo fato de serem produzidos através de um processo de preenchimento de tripas naturais ou artificiais, com vários tipos de recheios, como carnes específicas, misturadas ou não, com adição de gordura, entre outros subprodutos.
Um dos alimentos processados mais consumidos é a salsicha.
Que é feita de carnes bovinas, suinas e de frango mas raramente de partes nobres. Aproveitam-se sobras e pontas de carnes do processo industrial ou até mesmo as carnes mecanicamente separadas.
Junta-se a elas ainda os temperos, os corantes, conservantes, etc…
Outros que fazem parte do dia a dia de muita gente são a linguiça e o presunto.
Para fazer a linguiça e o presunto, muitas vezes são utilizadas carnes mais nobres, que recebem também uma preparação mínima. Cada alimento possui características específicas e recebem condimentos que caracterizam seu sabor e gosto.
Pronto, agora já sabemos o é carne processada. Mas será que podemos dizer que são responsáveis por desenvolverem o câncer nas pessoas?
“Não é possível afirmar de maneira veemente que os produtos processados seriam responsáveis pelo desenvolvimento de câncer nas pessoas pois existem várias outras situações de vida ou consumo que podem provocar”, afirma o Veterinário Flávio Viegas.
“Antigamente as pessoas consumiam esse mesmo tipo de alimento e não ficavam doentes.
Seria o desconhecimento, falta de diagnóstico ou simplesmente porque não desenvolviam a doença. Difícil saber precisamente.
Mas uma verdade precisa ser dita: a adição de conservantes, aditivos e várias outras substâncias químicas em todos estes tipos de alimentos (com o intuito de garantir uma durabilidade maior) podem ter ou possuir características carcinogênicas”.
Então, vamos ficar atentos a esses alimentos gostosos, porém podem ser perigosos.
“Não acho que devemos evitar nenhum tipo de alimento. O conceito de que faz mal ou não ainda não é 100% comprovado”, conclui Viegas.
Entendemos que temos que ter a consciência de que tudo em excesso, pode fazer mal. No entanto, optar por produtos saudáveis e sem a adição de conservantes e aditivos químicos é sempre melhor. Fica a dica!
Beijos queridos amigos!